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Traduzir em um espaço de coworking

Ou o dilema entre fazer ou não uma tatuagem...

Se existe uma verdade incontestável para espiritualistas e profissionais de redes sociais ou afins, é que estamos todos conectados. E cada um acaba criando o mundo em que acredita ou quer para si por meio dessas conexões de pessoas ou “coincidências”. Por conta dessa rede, fui levada a experimentar como é traduzir em um espaço de coworking.

Como especialista em localização e tradutora para a Web, tenho me interessado cada vez mais sobre marketing de conteúdo, pois grande parte dos trabalhos que faço tem um quê criativo e se destina ao meio digital. Por isso, me inscrevi no curso de Marketing de Conteúdo: do planejamento ao resultado, realizado pela agência de conteúdo digital Lapa Comunicação no NexCoworking. Assim, acabei sabendo que o espaço ofereceria passes livres para trabalho em áreas compartilhadas durante a Coworking Week, e resolvi experimentar.

Já estou acostumada ao “barulhinho bom” do escritório, como telefones tocando e portas se abrindo. Fui coordenara linguística em uma agência de localização, além de ter passado por editoras e escolas. Mas não foi tão tranquilo para mim no primeiro dia. Já estando adaptada à rotina de casa há três anos, precisei de um tempinho para me concentrar. Em compensação, hoje, no segundo dia, o ambiente está mais silencioso, por isso dei uma paradinha para contar a vocês o que tirei de bom dessa prática.

Observei que o local oferece toda a infraestrutura necessária para o trabalho: de Internet excelente a cadeiras confortáveis. De modo geral, não chega a ser um ambiente de trabalho coletivo por definição, em que todos contribuem para a administração e, portanto, interagem mais intimamente, mas funciona bem para profissionais nômades que precisam de estrutura para se organizar e criar uma rede de contatos.

Fiz essa tentativa não por falta de estrutura em casa, mas justamente para sair da rotina, me relacionar com novas pessoas, admirar novas paisagens nos intervalos, fazer novas amizades no bate-papo com café. A soma desses fatores acabou dando um gás na minha produtividade. E o melhor: estou saindo daqui com novas ideias e possíveis clientes futuros. ;-)

Gostaria, ainda, de compartilhar o que vi nos slides da apresentação online de Tess Whity, "Simplify your Marketing", no primeiro dia de coworking. Como estratégia básica de marketing, qualquer tradutor autônomo hoje precisa ter presença online, e isso inclui participar de associações e ter um site profissional. Daí, voltamos ao ciclo de coincidências que falei no início. No curso de Marketing de Conteúdo, estudei um pouco de webwriting, pois estou trabalhando também para reformular meu site. Ocorre que um cliente me encontrou em outra rede, o site da Abrates, e estou traduzindo agora uma ferramenta para criação de quê? Sites! Trabalhar nesse projeto será uma forma agradável de entender melhor do assunto. Sem contar que, mesmo tendo um site simples hoje, convenci o cliente de que estava capacitada para realizar o projeto, pois estou mesmo!

Considerando nosso mundo conectado e as exigências profissionais cada vez maiores, creio que o tradutor preso à sua toca terá problemas para se adaptar no futuro, dependendo de sua especialidade. Ao menos esporadicamente, convém sair de casa para desbravar novos caminhos e se atualizar.

Desse modo, o ciclo de conexões e coincidências acaba reforçando o surgimento de novidades, e você não cai em um circuito fechado e, talvez, monótono, de fazer sempre a mesma coisa. A prova disso é que estou com vontade de fazer uma tatuagem há tempos e fiquei sabendo que vai rolar um flash day hoje... Será que terei coragem finalmente???

Não sei, só sei que já passou da hora de ser mais hype na vida! :-D

PS: se quiser conhecer melhor o NexCoworking por dentro, dê uma olhada no vídeo que publiquei na minha página no facebook, Sociedade Alternativa de Tradutores.

Aproveita e curte pra ver saber as cenas dos próximos capítulos... ;-)